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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

MAURICIO ASTUDILLO

(  CHILE  )

 

Astudillo Pizarro, Maurício

professor adjunto

Departamento de Direito Privado
Cursos ministrados:
Direito Notarial e Registral; Educação.

     Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais, Universidade do Chile.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS


FRANCACHELA. Revista Internacional de Literatura y Arte.  Número 2, Julio de 2005. Buenos Aires, 2005.   Director: Daniel A. Andina.  ISBN 167-4251                              Exemplar biblioteca de Antonio Miranda


Nadie advirtió antes...

Nadie advirtió antes
con qué frecuencia
caminaba errático
por la comisa de la conciencia.
Siempre se detuvo en el mismo punto  
para retornar luego, sin prisa,
a su cárcel de cordura.
Pero aquella mañana
el escurrir del riachuelo
no tenía el mismo sonido cándido
de campanillas de cristal.
Allí estaba el poeta malogrado
en su mortaja de agua y musgo
su mano entreabierta
no logró retener el milagro
de la última poesía
que emprendió un viaje inútil tras su alma
en su débil barca de papel.


El aparador

Vieja madera
que desde el dolor
de estatua abatida
fuiste ensamblada
como las palabras a un verso.

De claro a oscuro
de cálido a frío
me llamas en el seco estallido
de cada crepitación
que marca el compás|
de tu propio tiempo
en la oscilación permanente
de un péndulo invisible

y me invitas
a desplegar tus extremidades
para contarme en el murmullo de cada crujido
viejas historias que no ha vivido.


TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução por ANTONIO MIRANDA


Ninguém advertiu antes...

Ninguém advirtiu antes
com que frequência
caminhava errático
pelo caminho da conciência.
Sempre se deteu no mismo ponto  
para retornar logo, sem pressa,
à seu cárcere de sanidade.
Mas daquela manhã
o passar do riachuelo
não tinha o mesmo som cândido
de sinos de cristal.
Alí estava o poeta frustrado
em sua mortalha de água e musgo
sua mão entreaberta
não logrou deter o milagre
da última poesia
que empreendeu uma viagem inútil detrás de sua alma
em sua débil barca de papel.


O aparador

Velha madeira
que desde a dor
de estátua abatida
foste montada
como as palavras a um verso.

De claro a escuro
de quente a frio
me chamas na seca explosão
de cada  crepitação
que marca o compasso
de teu próprio tempo
na oscilação permanente
de um pêndulo invisível

e me convidas
a implantar tuas extremidades
para contar-me no murmúrio de cada crise
velhas histórias que eu não vivi.

 

*
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Página publicada em maio de 2024.



 

 

 
 
 
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